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Mostrando postagens de agosto, 2020

[Resenha] Canção de Ninar – Leïla Slimani

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    Sinopse:   apesar da relutância do marido, Myriam, mãe de duas crianças pequenas, decide voltar a trabalhar em um escritório de advocacia. O casal inicia uma seleção rigorosa em busca da babá perfeita e fica encantado ao encontrar Louise: discreta, educada e dedicada, ela se dá bem com as crianças, mantém a casa sempre limpa e não reclama quando precisa ficar até tarde. Aos poucos, no entanto, a relação de dependência mútua entre a família e Louise dá origem a pequenas frustrações – até o dia em que ocorre uma tragédia. Com uma tensão crescente construída desde as primeiras linhas, Canção de ninar trata de questões que revelam a essência de nossos tempos, abordando as relações de poder, os preconceitos de classe e entre culturas, o papel da mulher na sociedade e as cobranças envolvendo a maternidade. Publicado em mais de 30 países e com mais de 600 mil exemplares vendidos na França, Canção de ninar fez de Leïla Slimani a primeira autora de origem marroquina a vencer o Goncourt,

[Resenha] Lolita - Vladimir Nabokov

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      Sinopse: Polêmico, irônico e tocante, este romance narra o amor obsessivo de Humbert Humbert, um cínico intelectual de meia-idade, por Dolores Haze, Lolita, 12 anos, uma ninfeta que inflama suas loucuras e seus desejos mais agudos. Através da voz de Humbert Humbert, o leitor nunca sabe ao certo quem é a caça, quem é o caçador. A obra-prima de Nabokov, agora em nova tradução, não é apenas uma assombrosa história de paixão e ruína. É também uma viagem de redescoberta pela América; é a exploração da linguagem e de seus matizes; é uma mostra da arte narrativa em seu auge. Na literatura contemporânea, não existe romance como Lolita.   Opinião e análise: Lolita      Foi no ano de 1899, na cidade russa de São Petersburgo, que nascera Vladimir Nakobov, um homem que décadas mais tarde viria a ser considerado como um dos mais brilhantes romancistas do século XX. Nabokov era filho de pais ricos e pertencia à nobreza russa. Após a Revolução de 1917 ocorrida na Rússia, viu-se na

[Resenha] Viagem ao Centro da Terra – Júlio Verne

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                                            A obra “Viagem ao Centro da Terra”, concebida pelo escritor francês Júlio Verne, foi lançada no ano de 1864, ano em que criar uma narrativa ambientada em um universo utópico e fazer com o leitor seja nele imerso era uma rara habilidade compartilhada por poucos escritores. O enredo da obra é iniciado a partir do momento em que Otto Lidenbrock , cientista que reunia a visão de um mineralogista ao gênio de um geólogo, chega a seu lar após uma viagem.       Lidenbrock é recebido pela sua secretária Marthe, que mostra preocupação em relação ao jantar do cientista. Em seguida, ele conversa com Axel, narrador da história e seu sobrinho. Axel tinha o seu tio como mestre, o qual lhe incutiu o gosto pela leitura e pela ciência. Além de cientista, Lidenbrock também era professor, lecionando Mineralogia em Johanneun, escola tradicional da Alemanha.         A relação entre Lidenbrock e Axel era marcada por um tratamento áspero, apesar de que Lidenbroc